No jantar da Abrafati, Ricardo Amorim e Freddy Carrillo apresentaram as perspectivas da economia e do setor

Informação e conteúdo foram duas das palavras-chave que marcaram o Jantar de Networking e Confraternização da Abrafati, realizado nesta terça-feira (10), em São Paulo. Os principais líderes da cadeia de produção e distribuição de tintas, presentes ao evento, saíram de lá com valiosas informações e reflexões que permitem enxergar o panorama econômico geral e do setor, com os desafios e as oportunidades que se apresentam.

A visão panorâmica sobre a economia foi apresentada por Ricardo Amorim. Reconhecido por seu conhecimento e seu talento como palestrante – além de ser o brasileiro mais influente no LinkedIn –, ele mostrou em sua palestra uma série de análises e dados que balizaram sua previsão otimista em relação ao futuro do Brasil, a começar pelo fato de que o País está barato para investidores internacionais. Alertou que há condições para uma expansão econômica mais forte que as previsões anunciadas pelo governo e por especialistas e que é preciso estar atento ao timing para aproveitar as oportunidades.

Na sequência, Freddy Carrillo, presidente do Conselho Diretivo da Abrafati, falou sobre o desempenho e as perspectivas do setor de tintas, coincidindo na visão otimista em relação ao futuro. Ele destacou que, depois de mais um ano de crescimento abaixo do seu potencial (0,8% em 2019), a indústria de tintas deverá ter em 2020 uma expansão mais significativa, que deverá ficar entre 2 e 3%. “Depois de 6 anos, as vendas de tintas imobiliárias voltarão a subir e há expectativas favoráveis também para as tintas destinadas a outras aplicações”, afirmou.

Prêmio abrafati reconhece autores de três estudos inovadores

Os autores de três estudos de alto nível técnico receberam o Prêmio Abrafati de Ciência em Tintas, durante o jantar. Os trabalhos vencedores foram escolhidos por uma Comissão Julgadora formada por especialistas do setor, com base na sua relevância e originalidade.

O primeiro lugar foi conquistado por Manuel Julimar Lopes, da Lopes Química, que mostrou ser um pesquisador incansável, sempre desenvolvendo novos estudos: desde 2002, já foi reconhecido seis vezes nessa premiação. O trabalho que apresentou, com um enfoque inovador, intitula-se “Tinta nanotecnológica com marcadores para rastrear lotes de explosivos após sua detonação. Uma ferramenta para a Polícia Federal”.

Em 2º lugar, ficaram duas pesquisadoras, Alana Alves Rodrigues e Milena Galdino Teixeira, e seu orientador, professor doutor Marcio José da Silva, todos eles ligados à Universidade Federal de Viçosa. O trabalho reconhecido foi “Processo altamente eficiente de produção do Solketal a partir do bioglicerol usando catalisadores sais de heteropoliácidos: um eficiente método de síntese de um agente de coalescência alternativo e de origem renovável”.

Já a 3ª colocação foi obtida por Suelen Rodrigues Müller, mestre em Engenharia dos Materiais e Processos Sustentáveis pela Universidade Luterana do Brasil e formuladora na Tintas Killing, e sua orientadora, a professora doutora Ester Schmidt Rieder, da mesma universidade. O título do trabalho que apresentaram é “Inserção de nanopartículas de óxido de zinco em revestimentos alquídicos base água para proteção de aço carbono”. Foi a vigésima edição do prêmio, que há mais de 30 anos vem representando uma contribuição essencial para o desenvolvimento tecnológico e a inovação na cadeia de tintas.

Desde 1987, cerca de 100 pesquisadores, de universidades, centros de pesquisa e empresas, foram reconhecidos, por trabalhos que resultaram em aprimoramentos significativos em processos, desenvolvimento de produtos e matérias-primas, avanços no campo ambiental e outros aspectos, além de, muitas vezes, terem dado origem a estudos mais aprofundados.