A cidade do Recife recebeu o primeiro ponto de entrega voluntária (PEV) do programa RetornaTinta, uma iniciativa da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati), que visa incentivar o descarte adequado de sobras de tintas imobiliárias após o consumo.
O programa, em etapa piloto neste momento, envolve a instalação de PEVs em lojas de varejo, tornando mais acessível o descarte responsável das sobras de tintas, assim como de embalagens vazias do produto.
A iniciativa também servirá como uma oportunidade para coletar informações relevantes para as próximas etapas do programa, como a frequência de entregas, o volume médio de sobra por embalagem, os produtos que sobram mais, o total coletado, entre outras, assim como para definir as melhores estratégias para estimular a participação da comunidade no descarte adequado das sobras de tinta.
“O setor de tintas vem trabalhando para orientar os consumidores a evitar a sobra e o desperdício, adotando o consumo consciente de tintas”, afirma Luiz Cornacchioni, presidente-executivo da Abrafati. Para isso, deve-se calcular adequadamente a compra das tintas, medindo a área a ser pintada e verificando o rendimento do produto para determinar a quantidade necessária. É possível obter mais informações sobre o rendimento na própria embalagem da tinta, assim como nos sites dos fabricantes e no setor de atendimento das lojas.
“Quando acontecer de sobrar tinta, se o consumidor não tiver onde utilizá-la, o melhor caminho – em termos econômicos, ambientais e sociais – é doá-la o mais rápido possível a associações de bairro, igrejas, escolas, creches, casas de repouso e instituições sociais, ou, ainda, para algum familiar, amigo ou vizinho. Isso porque, em contato com o ar, com umidade ou com calor excessivo, a tinta vai gradualmente perdendo suas características ideais. Assim, não se pode demorar a utilizá-las depois que a embalagem for aberta”, explica Cornacchioni.
O PEV recolherá também embalagens vazias de tintas imobiliárias (latas metálicas e baldes plásticos), atividade que conta com o apoio do Programa Prolata (iniciativa da Abeaço – Associação Brasileira da Embalagem de Aço) e do Programa Descarta Aí (iniciativa da Abiplast – Associação Brasileira da Indústria do Plástico). Essas embalagens serão encaminhadas para uma destinação ambientalmente adequada, como estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos. “Esse é mais um passo importante na nossa trajetória visando estimular a economia circular”, completa Cornacchioni.