Mulheres na Cor capacita pintoras no segmento automotivo

Mulheres na Cor é um projeto encabeçado pela AkzoNobel que nasceu do sonho de transformar vidas por meio da profissionalização de mulheres para o mercado de reparação automotiva. Com o apoio de parceiros, um curso foi desenvolvido para resgatar mulheres em condição de vulnerabilidade e com dificuldade de recolocação no mercado de trabalho, criando um ambiente de oportunidade para que se sintam acolhidas, protegidas e em processo de reconstrução de suas vidas, por meio de um programa de desenvolvimento profissional e da retomada da autoestima.

Ozinei Manzano, gerente de vendas Brasil da AkzoNobel, conta que os colaboradores da companhia foram desafiados em fóruns internos a pensar em programas de inclusão de mulheres no time de vendas do país. “Nas discussões, vimos que a inserção feminina no segmento de pintura como um todo é ainda muito discreta. Lembro que mencionei um projeto que fizemos com auxiliares de limpeza de uma rede de lojas de tintas no interior de São Paulo, onde conseguimos melhorar muito a vida dessas mulheres, com treinamento, melhores condições de trabalhos e salários. Paralelamente, também resolvemos nessa época um grande problema local que era a falta de coloristas para o dia a dia das lojas, que ganharam profissionais altamente capacitadas. Essa experiência foi compartilhada com a área de repintura automotiva da AkzoNobel e acolhida pelo time, que aprimorou o projeto com ideias como o acompanhamento psicológico e mentorias durante o período de treinamento, que ganhou parceiros importantes fora da empresa inclusive para auxiliar na recolocação das participantes”, completa.

“O projeto tomou uma dimensão que nos impressionou, empresas parceiras também viram a importância do projeto e o quanto ele pode ser transformador para as participantes, se mobilizaram e entraram nessa jornada conosco”, afirma Ozinei Manzano.

Hoje, além da AkzoNobel, o Mulheres na Cor conta com parceiros como: Senai, Liberty Seguros, Localiza Autos, Sindirepa (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo), Bela Tintas e Norton Saint-Gobain. “Se nesse piloto conseguirmos mudar a vida de apenas uma mulher, o esforço já valeu muito a pena”, conclui.

Além da AkzoNobel, a capacitação técnica será promovida pela Norton, principal fabricante mundial em abrasivos, e pela instituição de ensino Senai, reconhecidas no segmento e que pavimentarão o caminho para que essas mulheres encontrem dignidade e autonomia por meio do 2 trabalho, mergulhando suas vidas em cor e renovação. O curso tem três módulos. No primeiro, ministrado no Senai Ipiranga, as participantes aprendem sobre soft skills e comportamento (40 horas), e, na sequência, preparação e repintura automotiva (180 horas). O segundo módulo, de 40 horas, é ministrado pela Norton e tem foco em polimento automotivo. Na terceira etapa, de 80 horas, a AkzoNobel realiza o treinamento de Colorimetria e Ferramentas no seu Centro de Treinamento Automotivo, na unidade de São Bernardo do Campo.

Para auxiliar nessa empreitada, o projeto-piloto tem a parceria das Organizações Não Governamentais (ONGs) Aldeias Infantis SOS em São Bernardo do Campo (SP) e Hamburgada do Bem, de Guarulhos (SP), que atuam próximas às fábricas da AkzoNobel e da Norton, para fazer a seleção e relacionamento com as candidatas. Para essa primeira turma, de 14 mulheres, as ONGs escolheram mulheres acima de 30 anos, com escolaridade mínima de 4º ano do ensino fundamental, em condições de vulnerabilidade, sem renda fixa e com muita vontade de aprender.

O projeto Mulheres na Cor inclui uma bolsa-auxílio de R$ 1.100,00 por mês, além de transporte fretado para as participantes se deslocarem até os treinamentos, alimentação, roupas, EPIs e materiais para a realização das atividades.

“O projeto Mulheres na Cor é muito importante porque transforma vidas. Ele possibilita que as participantes tenham acesso a oportunidades que provavelmente não teriam, se não fosse a iniciativa. Com as capacitações e orientações, elas têm a chance de se destacar e conquistar uma renda para elas e seus filhos. Com essa mudança de trajetória, as mulheres podem sair de um cenário de extrema vulnerabilidade para uma vida mais digna. Esperamos que essa seja a primeira turma de muitas que virão e que possamos, em parceria com a AkzoNobel, transformar a vida de muitas e muitas mulheres!”, comenta Carlos Silva, gestor Territorial da Aldeias Infantis SOS.

A mesma visão é compartilhada pela ONG Hamburgada do Bem. “O projeto Mulheres na Cor surge como uma oportunidade para mulheres fragilizadas e com grandes dificuldades financeiras conseguirem uma qualificação profissional e acima de tudo conseguirem uma liberdade financeira para elas serem quem elas quiserem ser”, resume o diretor Johnny Robert.