O comportamento do consumidor foi alterado em razão do
cenário de pandemia e, por isso, que a indústria e o varejo vivem novos
desafios. Diante deste cenário de “novo normal”, a Mind Shopper preparou um
estudo sobre a jornada de compra dos brasileiros neste período de coronavírus.
Os dados também revelam as emoções presentes e como elas causam impactos na
trajetória e jornada do consumidor. Bem como produziu uma curadoria digital
para conectar informações apuradas nas entrevistas com mais profundidade.
Segundo a sócia-diretora da Mind Shopper, Alessandra Lima, “o objetivo
principal era ter essa visão diversificada. Temos respondentes que vão desde
donas de casa; chefes de família que estão no fronte, responsáveis pelas
compras; pessoas que testaram positivo para Covid-19, até os jovens da Geração
Y. Diversificamos bastante para ver como é que as pessoas estão se comportando
e o que é que elas veem pela frente”. Ou seja, uma pesquisa baseada em
diferentes perfis possíveis de clientes.
Atualmente, vivemos em um cenário incerto e com grande impacto econômico e isso
faz surgir novos hábitos e sentimentos. No início da pandemia, o medo era o
principal sentimento, entretanto, a insegurança, tristeza e preocupação ocupam
o maior espaço após alguns meses. “Há quatro meses, 43% das pessoas declararam
que estavam confiantes com o que vinha pela frente, agora, mais recentemente,
as pessoas se declaram muito mais preocupadas do que confiantes. São
sentimentos que acabam sendo determinantes para a decisão de compra”, fala
Alessandra.
Outro fator interessante, é que 75% dos entrevistados conhece alguém infectado,
30% teve contato com alguém que morreu por causa da Covid-19 e 70% se preocupa
com a saúde e com a economia. Isso demonstra que as pessoas vão até as lojas
por alguma necessidade, mas até a busca pelo essencial foi modificada. Sendo
assim, referências para compras precisarão ser reavaliadas.
É nesse sentido que a pesquisa apresente seis insights que conectam informação
e ação, com o objetivo de manter o mercado desenvolvendo seus negócios, porque,
mais do que nunca, olhar para o consumidor é determinante para ser assertivo.
Loja Física
É preciso de pouca interação, rapidez e maior segurança no momento da compra. Os clientes buscam se planejar antes de irem ao estabelecimento comercial e levam para casa somente o necessário.
Compra Digital
O consumidor busca por uma compra fácil, mas muitas lojas on-line estão cobrando por altos valores de frete e uma demora na entrega do produto. E é preciso que os novos clientes de compras virtuais sejam educados para aprenderem a manusear o ambiente digital.
Loja Segura
É preciso que os estabelecimentos comerciais deixam claro suas medidas de segurança e prevenção à doença, pois o consumidor necessita de ter confiança para entrar na loja.
Execução e estímulos visuais
O estilo e designer do estabelecimento deve ser simples e as pessoas devem conseguir circular pelo ambiente sem pontos de atrito, como corredores desobstruídos. É uma comunicação clara e objetiva. O campo visual é cada vez mais importante em razão das pessoas estarem tocando menos nos produtos.
Navegabilidade e comparações
Uma questão somente da loja on-line, ter um ambiente virtual fácil para navegar de comparação dos produtos.
O que vem depois de hoje
Tendência para saudabilidade, pois as pessoas preparam mais
refeições em casa, o home office faz com que os clientes busquem pelo comércio
local e/ou regional e o cliente reflete se é prioridade a compra de determinado
produto antes da compra em si.
Um dado relevante é que 52% dos participantes da pesquisa compram somente em
lojas on-line e 70% continuará comprando neste formato após o fim da pandemia.
É um cenário de cautela e auto prevenção quando tudo voltar ao “normal”.
“Antecipamos a transformação digital de um modo geral, absurdamente, o que
aconteceria em uma década aconteceu em alguns meses, tudo o que a gente pensava
para frente, de novidade e inovação, está acontecendo agora”, conclui a sócia.