Artesp discute venda direta com a Sherwin-Williams

Venda direta foi o tema da reunião entre um grupo de associados da Artesp e a direção da Sherwin-Williams, realizada nesta sexta-feira (2), na sede da associação, em São Paulo. Os revendedores buscaram saber os critérios que a fabricante utiliza em suas negociações diretas com os clientes e cobraram garantias de que este tipo de negócio não influencie suas vendas.

Freddy Carrillo, presidente da Sherwin-Williams no Brasil, explicou que a venda direta acontece com regras para não impactar nas revendas, que são estrategicamente prioritárias para a empresa. “Este tipo de venda é voltada para a construção civil e alguns acordos são nacionais e até internacionais. Em São Paulo, não temos e nem teremos lojas de varejo. Nosso negócio é B2B, de CNPJ para CNPJ, nossas lojas não aceitam consumidores finais e nem vão aceitar”, garantiu. Além de Fredy, participaram do encontro Dorian Sevilla, diretor de Vendas (Canais Controlados), Marcos Correia M. Santos, o Marquito, diretor Comercial de Varejo e Luiz Antonio Piva Filho, gerente nacional de Vendas.

Em contrapartida, o presidente da Artesp, Jeanderson Ricardo Santaguita, lembrou que os revendedores fizeram o trabalho de difundir a marca, divulgar os produtos e, agora que a Sherwin está consolidada, não podem perder este nicho. “A Artesp tem interesse de juntos produzir um mercado revendedor mais forte.”

Alguns revendedores que estiveram na reunião, como Cyro Galvão, da Tintas Vale Cores, Nassin Katri, da Pinta Mundi, Ricardo Ticianelli, da Bazar das Tintas e Marcus Vinícius Souza, da Baratão das Tintas, e manifestaram-se bastante desconfortáveis com esta movimentação, pois empresas, condomínios, escolas, hospitais, etc. são bases imprescindíveis ao faturamento das lojas de tintas, e que somente as regras expostas pela SW não serão suficientes para estabelecer tranquilidade aos lojistas.

Foram apresentadas algumas propostas como por exemplo, que a atuação de vendas da SW com sua equipe de vendas fossem feitas conjuntamente com parceiros lojistas, com regras definidas para que as lojas participem diretamente do negócio.

Esta e outras propostas serão novamente discutidas em uma nova reunião, que ficou agendada para o final de abril. “A Artesp reforça o compromisso da defesa dos revendedores do Estado de São Paulo”, finalizou o presidente da associação.