A reportagem da revista Pintou na Artesp foi completar com o presidente-executivo da
Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati), sobre as três décadas em prol do
desenvolvimento setorial sustentável. O presidente abordou o quanto a Abrafati avançou em
30 anos e o que espera para o futuro.
Reportagem Revista Pintou na Artesp – Qual foi o objetivo para a criação da Abrafati? Depois
de 30 anos podemos afirmar que ele foi cumprido?
Dilson Ferreira – O objetivo principal, há 30 anos, era propiciar ao setor, uma representação
que permitisse levar adiante os desejos dos fundadores, como programas de qualidade, trazer
para dentro do setor uma perspectiva de crescimento. Começou com um grupo pequeno de
empresas e, ao longo dos 30 anos, esse grupo foi expandido. Por consequência, os resultados
foram melhores do que era esperado. O setor cresceu significativa. Não apenas cresceu em
volume, mas também se desenvolveu qualitativamente. Hoje, o setor de tintas tem uma
imagem forte, uma linha de produtos de qualidade reconhecida pelos consumidores finais.
Tudo isso, conseguido através de programa de qualidade das tintas e, principalmente, através
de um sistema de normatização do setor. Pusemos a casa em ordem, a cadeia produtiva teve
os benefícios, pois não nos ativemos apenas aos associados nem mesmo apenas aos
fabricantes de tinta. Nós buscamos programas que levassem essa contribuição à cadeia
produtiva como um todo.
Quais as principais ações que o senhor destacaria em toda a história da entidade?
Eu diria que a principal contribuição da Abrafati talvez não tenha sido aquela que teve mais
visibilidade, mas criou base internas estruturais para que a Abrafati atingisse seu objetivo. A
introdução, o desenvolvimento e a continua busca por uma atividade dentro de princípios
éticos, dentro de princípios sólidos, de respeito ao consumidor final.
Quais são os próximos objetivos?
Quanto melhor você faz, mais você é exigido. Quanto melhor você faz, mais você exige de você
mesmo para lhe satisfazer e para permitir a continuidade do que você está levando adiante
como objetivo. Vejo a sustentabilidade no nosso crescimento como uma demanda muito forte.
Ainda há o objetivo de buscar mais associados?
Sim, continuamente. Nós começamos com oito associados e hoje temos 55. Nós começamos
com um grupo pequeno de empresas grandes. Hoje nós temos empresas associadas pequenas,
médias e grandes, o que dá a Abrafati uma representatividade significativa. Hoje nós temos
empresas de todos os ramos de atividades, todos os segmentos da indústria de tintas. Nós
temos empresas desde o Rio Grande do Sul até o Piauí. Temos empresas fabricantes de tintas
e também, dentro do princípio de que representamos bem setorialmente, nós temos
fornecedores da indústria de tinta, que são importantes nesse processo de crescimento, no
processo e trazer qualidade. Não se faz produtos de qualidade se não tiver matérias-primas de
qualidade. Não se faz produtos de qualidade se não tivermos a tecnologia das matérias-primas
e dos fabricantes de matérias-primas também. A combinação desses fatores dão uma
representatividade significativa para Abrafati e permitindo que a Abrafati crescesse. Sem
dúvida nenhuma nós vamos continuar crescendo no número de associados. Nosso objetivo
não é apenas o número de associados, mas são associados que comunguem do nosso
princípio. A Abrafati tem entre os objetivos, ser uma entidade de interesse institucional. A
defesa dos interesses da Abrafati, são as defesas dos interesses do setor como um todo.
Como é a relação da Abrafati com as diferentes esferas do governo e com as outras
associações do setor?
Não há condições de se conseguir resultado, trabalhando sozinho. Nós trabalhamos em
conjunto com os nossos associados, trabalhamos com as associações de classe que
representam nossa cadeia produtiva, especialmente, as fornecedoras de matéria-prima,
através da Abiquim, de revendas, através da Artesp, de materiais de construção, através da
Anamaco, além de outras associações. Nós também trabalhamos com outras associações de
classe para promover o crescimento do setor da construção civil como um todo.
Representamos o setor dentro da Fiesp, junto com o Sitivesp, representamos o setor dentro
do governo, no que diz respeito aos programas habitacionais, no Ministério da Cidade.
Trabalhamos também em outros ministérios que têm impactos positivos nos nossos
resultados, como o Ministério da Fazenda, Ministério de Indústria e Comércio, Ministério de
Meio Ambiente, entre outros.
Qual a importância dos revendedores de tinta no trabalho da associação?
Quem leva a tinta ao consumidor final é o revendedor. O revendedor é a voz da tinta junto
com o consumidor final. É a mensagem das tintas. É levar adiante os programas que nós
temos. O que nós temos visto ao longo desse tempo foi que os revendedores, de forma geral,
e os revendedores especializados em tintas, tanto na área de tinta imobiliária, de repintura
automotiva, que é tão importante pela tecnologia, pelo valor agregado alto, mas também das
tintas industriais, e a Artesp, em particular, essa combinação de trabalho, o sucesso que nós
temos, é por termos uma distribuição, séria, sólida, ampla e que traz os resultados que o setor
todo precisa. Estamos muito bem juntos e temos que fortalecer esse elo e esse
relacionamento.