O Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo (Sitivesp) realizou no dia 23 de março, a primeira edição do Encontro de Repintura e Complementos Automotivos de 2019. O evento aconteceu na Escola Senai Humberto Reis Costa, na Vila Alpina, em São Paulo capital e marcou ainda o lançamento do Manual de Repintura Automotiva.
Cada um dos mais de 200 participantes recebeu um exemplar do Manual que foi completamente atualizado pela Comissão de Repintura e Complementos Automotivos do Sitivesp, objetivando apresentar de forma simples e didática todos os procedimentos técnicos de uma boa repintura.
Quem abriu o evento foi a coordenadora da Comissão, Mariana Souza, que destacou o objetivo do evento, de trazer informação atualizada para os profissionais. “Todas os profissionais, palestrantes que estão aqui têm conhecimento da indústria e de campo. Então nosso objetivo é trazer conhecimento, além de entender as dúvidas que os profissionais têm. Cada região tem sua peculiaridade, então em cada evento conseguimos agregar soluções às necessidades deles com nossas informações de mercado.”
A primeira palestra foi apresentada por Marcelo Lopes de Oliveira, da Sherwin-Williams – Divisão Automotiva, sob o tema: Erros, Prevenção e Correção. Segundo ele muitas vezes ouve-se que o produto não presta, mas na maioria dos casos o erro está no processo. “Hoje se a pessoa não tiver cuidado um erro no começo do processo vai aparecer lá no final. Então mostramos como fazer corretamente e como corrigir caso o problema aconteça.”
Reparos Rápidos e Produtividade nas Oficinas foi o tema da palestra de Rogério Melo, da Skylack. Para ele nos dias de hoje, sem produtividade ninguém consegue ter rentabilidade. “Falei um pouco sobre organização e a questão do orçamento. Para ter uma oficina rentável precisa medir além do orçamento, medir a eficiência do serviço dentro daquele orçamento. Muitas pessoas fazem um serviço normal achando que dá para fazer como rápido, e não dá”.
O evento contou ainda com algumas dicas, como dimensionamento e manutenção de pistolas. José Vitorino, da Wimpel, ressaltou que é importante que o profissional conheça sua própria oficina para daí dimensionar os equipamentos. “Sabemos que o pintor trabalha com uma margem apertada, então ele tem que dimensionar corretamente e comprar só o que precisa.”
O representante da Weg, Ricardo Alves Borges, falou sobre Polimento da Repintura. Segundo ele essa é uma deficiência muito vista no mercado, pois ainda existem dúvidas sobre tipo de processo e material utilizado.“Com a tecnologia atual não é necessário utilizar uma lixa agressiva. É preciso identificar o processo, verificar como está o veículo e realizar o processo. Um lixamento menos agressivo dá mais proteção contra raios ultravioleta e chuvas ácidas, além de o acabamento ficar melhor.
Diego do Carmo, das Tintas Brazilian, falou sobre Tri-Coat e Tintas Especiais. Ele lembrou que nos dias de hoje basicamente todas as marcas têm, no mínimo, um branco perolizado, que é um tri-coat, além das cores exóticas. “Para ter uma produtividade boa é preciso ter atenção ao processo que requer alguns cuidados ligados diretamente à produtividade, além de coisas primordiais como o teste da cor.”
O evento foi encerrado com mais uma dica: o uso correto da Régua e Copo de Catálise. Cleber Pavan, da Axalta, explicou como catalisar um produto. Quando o produto é catalisado ele é diluído e para tal se utiliza a régua de medição. “O não uso da régua pode gerar problemas como perda de brilho, problemas de secagem e dureza, que vão comprometer todo o processo final da pintura.”