No dia 10 de agosto, na abertura da exposição dos 10 projetos finalistas ao 4º Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel, foram anunciados os três vencedores. A arquiteta Adriana Benguela (Rosenbaum + Aleph Zero) foi a grande vencedora pelo projeto Moradas Infantis (Formoso do Araguaia, TO, 2015, foto ao lado). Como prêmio, Benguela recebe viagem para Xangai, China. Marcos Paulo Caldeira (MM18) foi o segundo colocado, com o Mirante 9 de Julho (São Paulo, SP, 2015) e foi contemplado com viagem para Helsinque, Finlândia. Com o projeto Subsolanus (Cidade do México DF, México, 2015), Enk te Winkel (Vão) ficou com a terceira colocação e o seu destino será a capital de Cuba, Havana. Os três vencedores também viajam para Amsterdã, capital da Holanda, onde visitam a sede da AkzoNobel, além de receberem troféu e destaque no catálogo da exposição.
O júri, composto pelos arquitetos Carla Juaçaba, Gustavo Penna, Nabil Bonduki e Priscyla Gomes, selecionou os 10 finalistas entre os 186 projetos inscritos, provenientes de 12 Estados brasileiros e o Distrito Federal. Em 2017, registrou-se um aumento de 56% no volume de inscrições em relação à edição anterior. Os dez projetos selecionados como finalistas, que serão reunidos também em publicação e participam da exposição na sede do Instituto Tomie Ohtake de 10 de agosto a 17 de setembro de 2017 são:
· Casa 4×30, São Paulo – SP – arquiteta responsável Clara Reynaldo – CR2 Arquitetura + FGMF Arquitetos;
- Casa Torreão, Brasília – DF – arquiteto responsável Matheus Seco –Bloco Arquitetos; Ciclovia Avenida Paulista, São Paulo – SP – arquiteto responsável Gianpaolo Santoro Granato – Studio GGA;
- Cobertura Mercado Público de Florianópolis, Florianópolis – SC – arquiteto responsável Gustavo Utrabo – Aleph Zero;
- Instituto Brincante, São Paulo –SP – arquiteto responsável Dante Furlan – Bernardes Arquitetura;
- Mirante 9 de Julho, São Paulo – SP – arquiteto responsável Marcos Paulo Caldeira – MM18;
- Moradas Infantis, Formoso do Araguaia – TO – arquiteta responsável Adriana Benguela – Rosenbaum + Aleph Zero;
- Parque da Gare, Passo Fundo – RS – arquiteto responsável Pedro Paes Lira – Idom;
- Subsolanus, Cidade do México DF – México – arquiteto responsável Enk te Winkel – Vão;
- Vazio, São Paulo – SP – arquiteto responsável Marina Acayaba – AR arquitetos;
AULAS PÚBLICAS
As aulas públicas fazem parte da programação do 4º Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel. Arquitetos renomados são convidados a apresentar obras de destaque, de sua autoria, na periferia de São Paulo. Serão dois encontros:
- 19 agosto – sábado – das 9h às 14h
Polo educativo-cultural e Redondinhos, Heliópolis
Arquiteto convidado: Ruy Ohtake
- 26 agosto – sábado – das 9h às 14h
Casa Vila Matilde (projeto vencedor da terceira edição do Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel)
Arquiteto convidado: Pedro Tuma
CINE FACHADA
Assim como na edição anterior, a programação paralela ao prêmio organizado pelo Instituto Tomie Ohtake e a AkzoNobel apresenta o Cine Fachada, uma mostra de filmes que ampliam o debate sobre a arquitetura e o urbanismo. As exibições serão realizadas na fachada do edifício que abriga o Instituto Tomie Ohtake, nos dias 01/09 (Bye, Bye Brasil – Cacá Diegues, 1979, 105 min – classificação indicativa: 16 anos), 02/09 (O Invasor – Beto Brant, 2002, 97 min – classificação indicativa: 18 anos) e 03/09 (Branco sai, preto fica – Adirley Queirós, 2014, 93 min – classificação indicativa: 12 anos), das 19h30 às 21h30.
Sobre o Prêmio de Arquitetura
O Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel é destinado exclusivamente a arquitetos brasileiros ou estrangeiros que vivam no Brasil há pelo menos dois anos, com até 45 anos de idade, e projetos construídos durante os últimos dez anos. Arquitetos, escritórios de arquitetura ou coletivos de arquitetos podem se inscrever com mais de um projeto, o que contribui para demonstrar um panorama da arquitetura brasileira nos seus mais variados contextos.
A premiação é resultado de uma parceria entre o Instituto Tomie Ohtake e a AkzoNobel, multinacional holandesa que atua nos segmentos de tintas, revestimentos e especialidades químicas e se insere nas perspectivas do Instituto, enquanto instituição cultural, ao promover iniciativas no campo da arquitetura, do urbanismo e do design, visando incentivar a reflexão nessas áreas e despertar ambientes energizantes e cidades mais humanas e agradáveis de se viver.
Sobre o Júri
Carla Juaçaba
Desde 2000, desenvolve sua prática independente de arquitetura e pesquisa no Rio de Janeiro. Seu escritório inclui projetos públicos e privados, com foco em habitação e programas culturais. Entre as residências estão: Casa Atelier 2001, Casa Rio Bonito 2005, Casa Varanda 2007, Casa Mínima 2008, Casa Santa Teresa 2016; Casa Linear 2016; e Casa Posse 2016. Em 2012, concebeu e construiu o pavilhão efêmero Humanidade 2012 para o Rio+20, em parceria com a cenógrafa e diretora Bia Lessa e integrou o júri da BIAU Bienal Ibero Americana, em Madrid. Venceu a primeira edição do Prêmio Internacional de arquitetura para mulheres ArcVision (2013). Em 2014, participou da Bienal de Veneza no Pavilhão Brasileiro. Concebeu a expografia da mostra Tarsila e as mulheres modernas do Rio, no museu do MAR-RJ (2015). É professora convidada no City College of New York (CCNY), tendo lecionado também na PUC-RJ.
Gustavo Penna
Arquiteto e urbanista, é diretor da Gustavo Penna Arquiteto & Associados. Foi professor da Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFMG (1977-2009), assessor do Ministério da Cultura para espaços culturais, assessor de projetos especiais do governo de Minas Gerais e secretário de planejamento do município de Contagem. É duas vezes finalista do World Architecture Festival, com as obras Memorial da Imigração Japonesa e Casa Manacás. Estão entre seus projetos, a Escola Guignard, considerada uma das 30 obras arquitetônicas mais relevantes do país, os edifícios da Band em Belo Horizonte e São Paulo, o Monumento à Liberdade de Imprensa (Brasília) e o novo Mineirão.
Nabil Bonduki
Arquiteto e urbanista, foi secretário municipal de Cultura de São Paulo, relator da revisão do Plano Diretor de São Paulo e vereador. É professor da FAU/USP e especialista em planejamento urbano. Publicou mais de uma centena de artigos em revistas especializadas, periódicos e anais de congressos. É autor de seis livros e co-autor de outros 18. Dentre seus trabalhos publicados se destaca “Origens da habitação social no Brasil” (1ª edição, 1998, atualmente na 4ª edição), que recebeu o Prêmio Brasileiro de Planejamento Urbano e Regional – Categoria Livro (1998) e o Prêmio Anual do IAB – Categoria Obra Escrita (1999). Foi curador de várias exposições de habitação e urbanismo, entre as quais as apresentadas na 2ª, 3ª e 4ª edições da Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo.
Priscyla Gomes
Arquiteta formada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo na qual concluiu seu Mestrado em Teoria e História das Artes. Atualmente é curadora associada do Instituto Tomie Ohtake, tendo feito a curadoria de exposições como É como dançar sobre arquitetura (2017), Coisas sem nomes (2015), E se quebrarem as lentes empoeiradas? (2015), Medos modernos (2014), entre outras. Integra a equipe de curadoria da 5a edição do Arte/Cidade: Linha Metálica, junto a Nelson Brissac. Desde 2015, coordena o Filming Architecture, workshop acadêmico itinerante sobre a relação entre cinema e arquitetura.
Exposição: 4º Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel
Até 17 de setembro de 2017
De terça a domingo, das 11h às 20h – grátis
Imagens: goo.gl/6R95fu