A Associação Brasileira dos Revendedores de Tintas (Abrart) expressa sua preocupação em relação às elevações de alíquotas de importação de insumos químicos essenciais para diversos setores industriais, incluindo o de tintas. Esse aumento de tarifas, proposto recentemente pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), afeta dezenas de produtos químicos (quase 30 deles utilizados na produção de tintas).
A Abrart enfatiza que, com a alteração das alíquotas, o custo dos produtos sofre com o efeito cascata, resultando em preços mais altos para os consumidores no varejo. A presidente da Abrart, Valquiria Teixeira, declarou: “Estamos extremamente preocupados com o impacto que essas elevações de tarifas terão não apenas nos custos das tintas, mas em toda a cadeia produtiva. Isso inevitavelmente levará a aumentos de preços para os consumidores finais, afetando negativamente o mercado e a economia como um todo.”
Juntamente com outras 15 entidades, a Abrafati já havia assinado um manifesto – publicado no dia 12 de junho no jornal Valor Econômico – expressando sua preocupação e seu posicionamento contrário em relação a essas elevações de alíquotas. O manifesto destaca que não existe produção nacional qualificada suficiente de vários desses insumos e que a proposta de elevar as tarifas gera impactos significativos nos custos de produtos e serviços básicos como construção habitacional, saneantes, higiene pessoal e alimentos.
O documento foi compartilhado na mesma data com todos os membros do colegiado do Gecex, comitê executivo de gestão da Camex (Câmara de Comércio Exterior), órgão do governo federal responsável pela formulação, adoção, implementação e coordenação de políticas e de atividades relativas ao comércio exterior de bens e serviços. Na carta protocolada, pede-se às autoridades que analisem os argumentos apresentados e o teor do manifesto, a fim de promover uma decisão equilibrada e que leve em consideração os interesses amplos da sociedade brasileira.
2024-06-17